Noeli Krueger, , Luana Tomasi, , Pedro Pirajá discutiram no Startup Summit 2024 a reforma tributária o quanto representa uma mudança estrutural significativa na tributação das cadeias produtivas no Brasil. Um dos principais objetivos da reforma é a neutralidade, que busca eliminar benefícios fiscais, igualando a carga tributária entre estados. Contudo, essa mudança traz desafios expressivos para as startups, que enfrentarão um aumento significativo na carga tributária, impactando diretamente sua competitividade.
Empresas prestadoras de serviços terão dificuldades em repassar o aumento da carga tributária ao preço final, o que pode prejudicar ainda mais sua posição no mercado. Além disso, a capacidade de oferecer créditos fiscais se tornará um diferencial crucial, afetando diretamente as relações comerciais e a sustentabilidade financeira dessas empresas.
A nova estrutura tributária exigirá uma revisão profunda nos modelos de negócios das startups, especialmente para aquelas do Simples Nacional, que terão que optar entre manter tributos internos ou adotar o regime geral. Em alguns casos, a carga tributária efetiva pode aumentar de 5,65% para até 26,5%, o que torna o planejamento tributário uma necessidade urgente.
Empresas de tecnologia, com alta dependência de mão de obra, serão fortemente impactadas, uma vez que a folha de pagamento CLT não gerará créditos de CBS e IBS. Isso exigirá das startups uma reestruturação significativa para manter a competitividade no mercado.
Em resumo, a reforma tributária, embora prometa simplificar o sistema de tributação, impõe um custo elevado às empresas, especialmente às startups. Estas precisam se adaptar rapidamente, repensando seus modelos de negócios e investindo em planejamento tributário para sobreviver na nova realidade econômica do Brasil.
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